A Dama de Vermelho



Reza a lenda que no Rio de Janeiro havia um casal de jovens muito feliz que tinha um filho de 6 meses. Eles haviam comprado um apartamento no nono andar e tinham acabado de se mudar. Era o começo de uma nova vida para ambos.
Certa noite, após um longo dia de trabalho, ambos acabaram adormecendo cedo e esquecendo de colocar o bebê de volta ao berço. O pequenino então ficou engatinhando pela casa, procurando algo com o que brincar. O que ele viu foi um passarinho parado na sacada do apartamento e achando o bicho muito “engraçadinho” a criança foi atrás dele. Mas quando se aproximou o bicho saiu voando para longe. Descontente o menino quis seguir o passarinho e acabou passando pelas abertas grades da sacada do nono andar (que estavam sem rede pois o casal não tivera tempo de por) e caiu do prédio.
Acordados pelos vizinhos, o casal ficou transtornado. A lembrança do filho não lhes permitiu ficar muito mais tempo naquele lugar e logo eles resolveram se mudar. No dia da mudança, a mãe do menino estava sozinha em casa. Tomada por um acesso de fúria e desespero pela morte de seu pequenino ela berrou 8 vezes para as paredes da casa que faria qualquer coisa para ter seu menino de volta. Envolta por suas lágrimas e cansada de tudo aquilo ela acabou por dormir no meio da sala.  Foi acordada por uma voz, que pertencia a uma estranha mulher vestida de vermelho. No meio da sala a mulher de vermelho disse à mãe que traria seu filho de volta, porém ela deveria matar e trazer uma criança de mesma idade.
A mãe concordou com os termos e correu para a cozinha. Lá pegou a faca mais afiada que conseguira encontrar e logo desceu até a garagem do prédio, pegou o carro e saiu em disparada. Foi para a casa da irmã que também tinha um filho da mesma idade. A criança estava no berço e os pais tinham saído, a única pessoa em casa era a empregada, mas esta estava ocupada estendendo roupa.
Sem piedade ela cravou a faca no crânio da doce criança e a levou de volta para a mulher de vermelho. A mulher então recebeu a criança e devolveu à mãe o seu filho vivo. No entanto o menino estava do mesmo jeito no qual havia sido enterrado, uma massa disforme em carne viva.

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