Maria Celeste



O Maria Celeste foi um navio bergantino construído no século XIX na Nova Escócia, Canadá, e que ainda hoje é considerado como um dos maiores mistérios navais de todos os tempos. Seu nome carrega consigo a marca de maldito, e sua história uma série de catástrofes e desastres, dentre as quais temos a fatalidade de três capitães a bordo da embarcação.


A fama de maldito não foi levianamente atribuída ao Maria Celeste, afinal, o primeiro capitão morreu de pneumonia na viagem inaugural, o próximo quase afundou o navio colidindo com um barco pesqueiro (o que fez com que o Maria Celeste tivesse que ser levado para reparos em um estaleiro na costa Norte-Americana, onde um incêndio tomou conta do navio), outro foi demitido após colidir com um navio no canal da Mancha, um novo capitão se afogou em um acidente com o Maria Celeste no porto de Boston e por ai vai.


Após alguns anos de boa sorte, em 1867, a embarcação foi pega por uma tempestade na Baia Glacial, Nova Escócia. Apesar de ter sofrido graves danos, o navio pôde ser recuperado, porém foi vendido por seu proprietário para Richard Haines, que reparou, renomeou o navio, até então chamado de Amazon, de Maria Celeste e o preparou para velejar novamente.


Em 5 de novembro de 1872 a embarcação, sob comando do capitão Richard Briggs, deixava a ilha de Staten em Nova York, com uma tripulação de 6 homens mais a esposa e filha do capitão, rumo a Gênova, Itália. O Navio carregava uma carga de mais de 1000 barris de álcool, avaliada como sendo 4 vezes mais valiosa que o próprio navio. È ai que as coisas começam a ficar, estranhas.


Em 5 de Dezembro, outro bergantino, o Del Grantia se deparou com o Maria Celeste a deriva próximo á região do Estreito de Gibraltar, a aproximadamente 600 Km Oeste de Portugal. O Capitão do Del Grantia, David Reed Morehouse, imediatamente começou a se preocupar, afinal, era um velho amigo de Briggs e, tendo conhecimento de sua viagem, sabia que Briggs já deveria ter chegado a costa Italiana a muito tempo.


Depois de algumas horas sem sinal de vida visível a bordo do Maria Celeste, Morehouse decidiu abordá-lo para descobrir o que havia acontecido. O navio estava deserto , ninguém foi encontrado lá. O mais perturbador era que a embarcação não apresentava quaisquer avarias exterior ou interiormente que pudessem ter sido causada por algum motim, ataque pirata ou tempestade. A carga, salvo de 9 barris vazios, estava intacta, haviam suprimentos para mais de 6 meses a bordo e todos os pertences dos passageiros, inclusive os valiosos, estavam perfeitamente no lugar. Até uma lâmina de barbear foi encontrada ainda com espuma no local onde o capitão se barbeava, o que mostrava que aparentemente tudo estava normal.

A última entrada de Briggs ocorreu em 25 de novembro e não relatava nenhum problema ou indício de tempestade. Curiosamente, o único barco salva-vidas do navio não foi encontrado. A partir daí diversas teorias tentam explicar o que possivelmente teria acontecido, com expeculações que variam desde a exalação de vapor tóxico do álcool, terremotos embaixo d’agua e vão até monstros marinhos e OVNIS. Porém o destino dos tripulantes do Maria Celeste jamais foi determinado.


O destino final do navio se deu quando seu ultimo capitão tentou afundá-lo propositalmente na costa Haitiana para obter o seguro da embarcação, o que falhou. O capitão foi preso, mas os danos somados a fama maldita da embarcação fizeram com que esta fosse abandonada a deriva, até naufragar e se perder nas aguas. Recentemente, em 2001, seus restos foram encontrados perto da ilha de Gonâve no Haiti.

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